Dadaísmo, ou movimento Dadá como também é conhecido, é uma vanguarda artística moderna que surgiu com o objetivo de romper com os estilos clássicos e tradicionais. Foi criada por um grupo de artistas (pintores, escritores e poetas) refugiados da Primeira Guerra Mundial, em 1916, em Zurique, na Suíça.
Os integrantes do dadaísmo eram totalmente contra a guerra, que era motivada por motivos capitalistas, e aos valores burgueses da época. Os dadaístas também atacavam qualquer tipo de sentimento que remetesse ao nacionalismo ou ao materialismo.
O nome “dadaísmo” não possui nenhum significado específico. Criou-se um mito de que os fundadores do movimento escolheram um nome aleatório no dicionário, representando um ato não racional e casual, estas que eram algumas das principais características do movimento.
O termo dada significa, em francês, “cavalinho de pau” ou “brinquedo de criança”, e também faz alusão a linguagem típica dos bebês, que simboliza, por consequência, o caráter nonsense "sem noção” das obras dadaístas.
As obras do dadaísmo consistiam na desconstrução da arte tradicional, tendo como proposta a ideia da desordem, do caos e do acaso. Com isso, o propósito dos artistas dadaístas era criar uma arte de protesto que chocasse a sociedade burguesa. Neste sentido, o Dadaísmo é considerado um movimento antiartístico, uma vez que questiona a arte e busca o caótico e a imperfeição.
O dadaísmo ganhou grande destaque na literatura. Neste caso, os textos eram compostos a partir da desorganização das palavras, da agressividade verbal, da banalização das rimas, incoerência, e a falta de lógica e raciocínio tradicional.
Os poemas dadaístas, por exemplo, eram escritos sem uma reflexão prévia do seu conteúdo, utilizando apenas uma disposição de palavras aleatórias, que eram escritas conforme o autor as pensava.
Características do Dadaísmo
Entre as principais características do dadaísmo podemos destacar:
O combate das formas tradicionais e institucionalizadas da arte;
Ênfase nos absurdos e temas sem lógica (nonsenses);
Critica ao consumo e ao capitalismo;
Aversão a guerra e aos seus motivos capitalistas;
Valorização da irreverência artística;
Utilização de diversas formas de expressão cotidianas (fotografias, sons, poesias, músicas, jornais, objetos e etc) para a produção das obras plásticas;
Caráter pessimista e irônico em relação aos assuntos políticos.
Principais artistas:
- Tristan Tzara (1896 – 1963);
- Marcel Duchamp (1887 – 1968);
- Hans Arp (1886 – 1966);
- Julius Evola (1898 – 1974);
- Kurt Schwitters (1887 – 1948);
- Max Ernst (1891 – 1976);
- Man Ray (1890 – 1976), entre outros.
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Porta garrafas. Marcel Duchamp. |
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Poesia Dadaísta. |
Em pouco tempo, o movimento Dada espalhou-se por outras grandes metrópoles artísticas mundiais da época, como Barcelona, Berlim, Paris, Nova York, entre outras.
Posteriormente, alguns dos seguidores do dadaísmo deram início ao Surrealismo, e várias características desta vanguarda ainda permanecem presentes na arte contemporânea.
Dadaísmo no Brasil
O dadaísmo influenciou o trabalho de alguns autores brasileiros, principalmente na literatura.
O principal representante do Dadaísmo no Brasil foi o escritor Manuel Bandeira.
Mário de Andrade também é outra importante referência do dadaísmo no Brasil, sendo que suas obras continham uma grande carga crítica e eram construídas a partir do princípio do “nonsense”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dadaísmo. Disponível em <https://www.significados.com.br/dadaismo/> Acesso em 28 de Marc 2018.
Poema Dadaísta. Disponível em <https://www.santandercreativa.com/web/evento-auna/gran-soiree-dada.html> Acesso em 28 de Marc 2018.
Porta-garrafas. Marcel Duchamp. Disponível em <http://www.toutfait.com/unmaking_the_museum/Bottle%20rack.html> Acesso em 28 de Marc 2018.